À Musa Debutante
(Homenagem aos 15 anos de criação da Academia Planaltinense de Letras,
em 5/12/2013).
Xiko Mendes
Parteira da Consciência Revolucionária!
Você é a voz das nossas
transformações.
Você é quem me oferece conduta
gregária
Para que eu atravesse o furor dos
vulcões.
Mensageira dos meus sonhos
impossíveis,
Você é quem verbaliza meu
instinto rebelde;
É quem me acompanha em momentos
difíceis;
É quem me orienta, consola, cede
e concede.
Porta-voz de uma grande revolução
silenciosa
Que impulsiona coração e mente
para a luta,
É você quem me inspira em verso e
em prosa
Para que o Homem modifique a sua
conduta.
Tu és o Monumento Vivo da nossa
Literatura!
Tu és a grandeza da Pátria e de
nossa História!
Tu és a Musa que mantém viva
nossa Cultura!
Tu és guardiã dos segredos de
nossa Memória!
Navegantes em Águas Emendadas
(Homenagem aos 15 anos de criação da Academia Planaltinense de Letras,
em 5/12/2013).
Xiko Mendes
Somos navegantes em Águas Emendadas
E juntos sonhamos um mundo em
mudança.
Convertemos em textos sonhos e
lágrimas
Para que a vida flua em mar de
Esperança.
E é como jangadeiros em águas
emendadas,
Que fazemos livros que nos servem
de paládio;
Nesse barco de musas semeamos em
palavras
O que nós sentimos nessa viagem
ao Parnaso.
Vamos remando o barco em águas
emendadas,
Sendo guiados por estrelas de
outras galáxias;
E de lá trazemos mensagens de
novas arcádias,
Cantando em verso e prosa a nossa
Via Láctea.
Na maré revolta de nossas águas
emendadas,
Fecundamos musas de um mundo nascituro
Onde não haverá nem dores e nem
mágoas,
Mas somente prazeres antecipando
o futuro.
E como menestréis nessas águas
emendadas,
Navegando no imaginário do
Planalto Central,
Seguimos viagem como novos mestres
d’armas
Porque Literatura é a nossa Pedra
Fundamental.
Bilhete que Filomena achou numa cama de
motel
Xiko Mendes
Quando você veio à minha casa,
Filomena,
Pediu para eu te ajudar a
realizar seu sonho;
Disse que a nossa aliança seria
leal e plena
De respeito para que eu não ficasse
tristonho.
Você fingiu ser amicíssima de
minha família;
Fingiu que gostava e admirava quem
eu sou.
Você tirou proveito de mim e a sua
perfídia
Fez-me cair na grande cilada que
você armou.
Você, Filomena, é dissimulada e
traiçoeira;
Você me prometeu tanta coisa, sua
mentirosa.
E agora não cumpre nada e foge
bem faceira
Porque você é mulher falsa e
muito perigosa.
Você, Filomena, enganou tanta
gente inocente.
E tantos foram seduzidos pelas
suas mentiras!
Eu me arrependo de ter sido
aliado conivente,
Pois em você a vaidade corrompe e
transpira.
Você, Filomena, é locomotiva
desgovernada.
Você quer Poder só para sua
autoafirmação.
Você me enganou com seu conto de
fábula
Porque você, sua Medusa, é bruxa de
salão.
Você, Filomena, é mulher
ambiciosa, ingrata;
É uma pessoa que não premia quem
te apoia;
É um ser egoísta e muito narcisista
que mata
O sonho de quem diverge de suas
tramoias.
Você, Filomena, é alguém que
nunca deseja
A felicidade dos amigos, pois é orgulhosa
Ao ponto de ser engolida pela própria
inveja
Ao se julgar dona do mundo e tão
poderosa.
A você, Filomena, que se julga
tão absoluta,
Espero que esse bilhete seja uma
advertência,
Pois a sua traição é uma pancada
tão bruta
Que a gente nunca esquece sua maledicência.
Você, Filomena, matou minha
esperança.
Você destruiu meus sonhos nessa
cidade.
Nunca mais com você eu farei
aliança
Porque hoje sou vítima de sua
maldade.
Você, Filomena, já se declarou a
vitoriosa,
Mas sua vitória é fruto de
trabalho coletivo.
Essa mulher é uma megera tão venenosa
Que todos aqui nessa cidade
correm perigo.
Desistência e Desabafo
Xiko Mendes
Eu desisti de lutar por esse povo
covarde
Que se vende para vereadores e
prefeitos;
Um povo cujo voto se compra com
alarde
Como um troféu para os hipócritas
eleitos.
Eu não quero mais lutar por essa
cidade
Porque me cansei de sonhar sem
resultado.
Nela só tem político para botar
dificuldade
Para que meus projetos sejam
fracassados.
Eu já me revoltei com esse tipo
de gente
Que é cúmplice de governantes
corruptos.
Vou ficar bem longe dessa elite
dirigente
Que rouba o futuro e não tem
escrúpulos.
Eu apostei por três vezes numa
mudança.
E votei acreditando em
transformações,
Mas o que houve foi a morte da
esperança
Porque por três vezes fui vítima
de traições.
Eu nunca mais acredito nessa
elite míope,
Que seduz o povo, mente e mata o
sonho.
E eu não voto mais nessa elite
medíocre
Que engana esse povo de modo tacanho.
Não tenho mais pudor, censura ou
pena
De dizer quanto esse povo é tão
covarde;
Gosta de sofrer e se finge de
gente ingênua,
Mas perpetua essa “política de compadres”.
Não! Não insistam porque minha
desistência
Agora é definitiva, pois detesto
cambalacho;
E nessa cidade guiada pela
incompetência,
Só me resta desistir e encerrar
meu desabafo.
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