Entidade estritamente cultural e educativa
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
A noite da última sexta-feira, dia 04/12, na Casa do Idoso, em Planaltina-DF, foi regada a muita música, poesia e gente bonita.
Os Acadêmicos da Academia Planaltinense de Letras reuniram-se, às vésperas do 11º aniversário da APL, e juntos celebraram o encerramento das atividades em 2009 com a realização do IV ENCONTRO ARTÍSTICO CULTURAL.
Apesar da noite chuvosa, o público atendeu ao chamado e compareceu em massa para assistir ao Sarau de Música e Poesia promovido pela APL, que contou com a participação de artistas da cidade e convidados, dentre os quais estiveram presentes os músicos Marcos Alagoas (voz e violão), Robério (Trombone), Henrique (percussão), Jersinho (Violão), Thianys (Sax) e os cantores Nice e Francisco Raimundo, além do músico-mirim Arthur Disegna, que mais uma vez deu um show à parte com o seu teclado.
Dentre os poetas que dividiram o palco com os músicos, revezaram-se, entre uma música e outra, Adenir de Oliveira, Aurenice Vítor, Joésio Menezes, Marcos Alagoas (músico e poeta), Vanilson Reis, Vivaldo Bernardes, Wilson Gonçalves e Xiko Mendes.
Os presentes ao evento também puderam participar da NOITE DE AUTÓGRAFOS dos livros: 2º Momento Literário de Planaltina: Uma Viagem Onírica (4ª antologia da APL), O Diário de Um Escoteiro (Geralda Vieira), Teresinha em Versos (Vivaldo Bernardes) e W3: Uma Miss Brasília Esquecida (Vanilson Reis).
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
A Diretoria da ACADEMIA PLANALTINENSE DE LETRAS – APL e demais Acadêmicos convidam todos a participarem do IV ENCONTRO ARTÍSTICO-CULTURAL, a realiza-se às 19h30 do dia 04/12/2009 (sexta-feira), na Casa do Idoso, à Praça Cel. Salviano Monteiro Guimarães (praça do Museu), ocasião em que será celebrado o encerramento das Atividades da APL em 2009, com a realização de um Sarau de Música e Poesia e do lançamento da 4ª antologia Literária da APL, além dos livros O Diário de Um Escoteiro, Teresinha em Versos e W3: Uma Miss Brasília Esquecida, de Geralda Vieira, Vivaldo Bernardes e Vanilson Reis, respectivamente.
Diretoria da APL
terça-feira, 24 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
Parabéns, Joésio!... Que esse seja apenas o primeiro de uma série de prêmios que ainda estão por vir!
sábado, 19 de setembro de 2009
ASSEMBLEIA EXTRAODINÁRIA DA APL PRORROGA MANDATO DA ATUAL DIRETORIA ATÉ SETEMBRO DE 2011.
Atendendo à convocação da Presidenta Kora Lopes, os acadêmicos da Academia Planaltinense de Letras-APL reuniram-se em Assembleia Extraordinária, realizada às 19 horas do dia 17/09/2009 (quinta-feira p.p.), no Casarão Hotel, sito à Praça Salviano Guimarães (praça do Museu), em Planaltina-DF, e decidiram, por aclamação e unanimidade (nos termos do Artigo 14, inciso I, alínea “a" do Estatuto), prorrogar até 03/09/2011 o mandato da atual Diretoria Colegiada.
A decisão foi documentada em Livro de Ata e será registrada em Cartório de Pessoa Jurídica, conforme prevê o artigo 28 do Estatuto vigente.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Na parada, a Escola Classe 04 dedicou uma ala inteira aos artistas da cidade, tendo como destaque o autor do livreto Planaltina em 150 Versos, que veio logo à frente do bloco puxando um grupo de alunos que, caracterizados, empunhavam um pergaminho com os versos que o poeta fizera em homenagem ao sesquicentenário de Planaltina.
Muito feliz e agradecido com a homenagem recebida, o professor e escritor disse que enquanto vida ele tiver jamais esquecerá esse momento. “Mesmo que eu receba outras homenagens, essa ficará para sempre guardada na minha memória e no meu coração”, - disse ele.
Na ala “Artistas da Cidade”, além do escritor Joésio Menezes, a Escola Classe 04 homenageou ainda a professora de música Dinalva Guimarães e a artista-plástico e professora aposentada Imelda de Mello Campos, que também se fizeram presentes na avenida.
sábado, 15 de agosto de 2009
O professor e escritor Joésio Menezes, titular da Cadeira XXVII da Academia Planaltinense de Letras - APL, lança livro contando a história de Planaltina. Ele faz um apanhado dos principais fatos históricos da cidade e os conta em Cordel, gênero poético típico da região em que nasceu, o Nordeste.
Para publicar o livreto intitulado Planaltina em 150 Versos (alusivo aos 150 anos da cidade, que será comemorado no próximo dia 19), o poeta contou com a colaboração de alguns comerciantes locais (Clips Papelaria, Bocayuva Tintas, Agronegócio Pássaros e Aves Exóticos – Canil e Hospedagem e Morata Imobiliária) que acharam válido o projeto e apostaram na proposta do escritor: distribuir os livros gratuitamente nas escolas de Planaltina.
Inicialmente, o escritor Joésio Menezes havia preparado um livro de crônicas (Páginas Planaltinenses – Histórias que ninguém ousou contar), por meio do qual conta as aventuras e desventuras de algumas personagens que ele conheceu ao longo dos 38 anos residindo em Planaltina, porém a falta de recursos o impediu de publicá-lo e lançá-lo por agora. Mas como achava que estava devendo uma homenagem á cidade que o acolheu quando da sua chegada a Brasília, Joésio resolveu, então, homenageá-la com o cordel Planaltina em 150 Versos, a maneira mais prática, fácil e descontraída que o poeta encontrou para contar e cantar a história da sua cidade.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
HISTÓRIA DO RIO SÃO BARTOLOMEU (E PLANALTINA - DF)
AUTOR: Professor e historiador XIKO MENDES
Patrocinadores: Fundação Banco do Brasil (FBB), Fundação Pró-Natureza (Funatura),
Brasília – DF , 2009.
Observação prévia: É livre a reprodução deste fascículo desde que citada nominalmente a fonte. Quem assim não o fizer responderá por crime de direito autoral previsto no Artigo 84 do Código Penal e na Lei Federal 9.610 de 1998. Este texto faz parte de um volume editado sob responsabilidade da FUNATURA.
APRESENTAÇÃO
O rico e vastíssimo vale do rio São Bartolomeu, desde os tempos coloniais, era rota de mineradores, tropeiros e outros tantos aventureiros do sertão que deslocavam do Litoral e da Europa em busca de ouro em Goiás e Mato Grosso. Logo no início da República, a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil – Missão Cruls, atendendo ao disposto no artigo 3º da Constituição Federal de 1891, realizou criteriosos estudos sobre o território que hoje pertence ao Distrito Federal e parte de seu Entorno. O Relatório Cruls dedicou substancial atenção ao Vale do São Bartolomeu como instrumento vital no processo de transferência da Capital Federal para o Planalto Central.
Em 15 de setembro de 1959 – há cinqüenta anos – o LAGO PARANOÁ, cujas águas se deslocam para o rio São Bartolomeu, começava a ser represado para incorporar-se definitivamente à paisagem urbana do Plano Piloto desenhando por Lúcio Costa e projetado por Oscar Niemeyer.
A BACIA DO SÃO BARTOLOMEU
ANTES E DEPOIS DE BRASÍLIA
Há 130 milhões de anos já no final da Era Mesozóica toda a região do Cerrado ainda era mar. A terra se mexe. Empurra o mar. O clima fica seco. Surge um grande deserto. Muito tempo depois, há 60 milhões de anos, voltou a chover torrencialmente. E o clima, modificado, tornou-se mais úmido. Água, Sol, ar e terra, numa harmonia “cósmica”, dão origem ao Cerrado.
5.1 – O São Bartolomeu no Contexto Regional
O processo de ocupação branca no vale do São Bartolomeu está diretamente relacionado com a descoberta de ouro no Centro-oeste do Brasil. Atendendo aos interesses da política mercantilista da Coroa Portuguesa, várias entradas e bandeiras penetraram essa região em busca do precioso metal. Já na década de 1590, os bandeirantes Domingos Luiz Grou e Antônio Macedo, logo seguidos pela bandeira de Sebastião Marinho, e pela de Domingos Rodrigues saíram do litoral e registraram informações sobre o Sertão dos Goiases (POLONIAL, 2006: 13).
Por fim, a bandeira que faz a descoberta do ouro em Goiás em 26 de julho de 1725, organizada por Bartolomeu Bueno da Silva Filho atravessou o rio Paranaíba, passou pela bacia do Corumbá e, sem nenhuma dúvida, ela é a primeira a reconhecer o território banhado pelo São Bartolomeu conforme roteiro documentado pelo cronista da expedição, José Peixoto da Silva Braga, depois interpretado por Diogo de Vasconcelos e Paulo Bertran (1994: 48, 56).
5.2 – Viajando pela história do Baixo São Bartolomeu
A história do vale do São Bartolomeu é também a história de Santa Luzia, pois é a partir dessa cidade que surgem outras atualmente na mesma região hidrográfica. E este rio (assim como o São Marcos) fica defronte aos limites com Minas Gerais. É de Minas que se inicia o seu povoamento. Desde meados da década de 1720 já havia fazendeiros com registro de sesmarias no alto rio Paracatu. Em 24/6 de 1744 é oficializada a descoberta de ouro em Paracatu-MG pelas bandeiras de Felisberto Caldeira Brant, proveniente de Goiás, e José Rodrigues Fróis, que veio da Bahia (BARBOSA, 1971: 338-339).
Conhecendo, pelas explorações a que procedeu, que o território por ele pisado era rico de ouro, e que o de além rio ainda mais rico era; que os matos eram férteis e os campos cobertos de ubérrima pastagem, e considerando que estava em uma paragem inteiramente erma, somente conhecida pelas tribos indígenas que, alarmadas, conservavam-se em respeitosa distância; resolveu-se a fundar uma fazenda de lavoura que, no presente, lhe desse os meios de subsistência nos trabalhos de mineração que ia encetar e, no futuro, prestasse recursos aos viajantes da estrada que o Governador da Capitania de Minas Gerais pretendia abrir para Goiás.
Ereta uma elevada cruz em uma disfarçada colina que próxima ficava, levantando o arranchamento e arroteado o terreno destinado à seara, à margem de um riacho a que deu a denominação de Riacho Frio, feita a plantação em setembro e cultivada em novembro, Bueno, [...], partiu para o rumo sudoeste a onze de dezembro, e chegando a treze [do mesmo mês de 1746] à praia de um lindo riacho, mandou lavar um pouco de areia corrida cuja vista lhe agradou, e tamanha foi a quantidade de ouro que brilhou ante os seus olhos ávidos e ambiciosos que, por momentos, desvairou-se-lhe a razão inteligente e esclarecida.
Duvidando do que viu, mandou Bueno repetir a operação uma e muitas vezes, e tanto ouro em granitos e palheta cobriu o fundo da espaçosa bateia, que o ilustre paulista, grato e reconhecido, baixando os joelhos à terra e elevando as mãos ao céu, agradeceu, comovido, a graça que Deus houve por bem fazer a ele, [...], e invocando a Santa Luzia, [...], suplicou-lhe para que em honra do dia em que é comemorada, aceitasse o Padroado da Povoação que ele ia fundar sob os auspícios de seu glorioso nome” (ÁLVARES, 1979: 11-13).
A partir de 1746, portanto, começa o povoamento da bacia do São Bartolomeu com exploração de ouro no rio Vermelho, que é seu afluente, e no Ribeirão Palmital, que deságua no Corumbá (banco de cascalho, em língua indígena). Luziânia ou Santa Luzia (seu nome primitivo) é o pólo central desse processo de colonização primária. Em seu extenso território surgiram ao longo dos séculos as cidades de Planaltina, Cristalina, Sobradinho, São Sebastião, Paranoá e Cidade Ocidental, todas localizadas na bacia do São Bartolomeu, além de outras de Goiás e de Brasília.
Antônio Bueno de Azevedo, paulista de São João de Atibaia e casado com dona Maria da Rocha Bueno, fixou-se na Fazenda Riacho Frio. Dali comandou o desenvolvimento da área entre o Corumbá e o São Bartolomeu até o falecimento em 12 de maio de 1771. Morreu pobre, abandonado, sem filhos (1979: 101); e cinqüenta anos depois, sua fazenda, que hoje está dentro do Município de Cristalina, foi assim descrita por Saint-Hilaire:
“... A Fazenda do Riacho Frio é bastante extensa para os padrões da região. Não obstante, a casa do proprietário, coberta de palha, difere pouco da dos escravos. Na época era propriedade comum de algumas moças e de um homem bastante jovem [...]” (SAINT-HILAIRE, 1975:23).
Não obstante o triste fim de seu fundador, o Arraial de Santa Luzia logo se expandiu abençoado na primeira missa celebrada em março de 1748 pelo padre Luiz da Gama Mendonça (BERTRAN, 1994: 106). Já na primeira década apresentava uma população de dez mil habitantes composta dos mais variados tipos de aventureiros do sertão que para lá eram deslocados a fim de enriquecer com a mineração. A Ouvidoria da Comarca de Vila Boa (Goiás Velho) por portaria de 30 de outubro de 1749 cria o Julgado de Santa Luzia. E em 21 de outubro de 1756 o arraial é elevado à sede de paróquia. Esses atos tornam-se o ponto de partida para organizar a sua administração e as instituições de poder sobre o vale do São Bartolomeu (ÁLVARES, 1979: 23, 42).
Santa Luzia prospera com o ciclo do ouro, que é transportado ao Rio de Janeiro e à Bahia para locupletar o bolso dos europeus. Três Bicas, Cubango, Limoeiro, Maravilha, Cruzeiro, Pamplona, Palmital... Essas e tantas outras lavras se tornaram famosas em Santa Luzia como pólos mineradores do São Bartolomeu e do Corumbá. A riqueza era tanta que um barão do ouro, Coronel José Pereira Lisboa, impôs às suas centenas de escravos durante dois anos o penoso trabalho de abrir um rego de 42 quilômetros, que por décadas transportou água das cabeceiras do ribeirão Saia Velha (próximo à Cidade Ocidental) até o centro de Luziânia onde estava uma de suas lavras, em pleno ano de 1770 (1979: 93).
“A localização de Santa Luzia numa região elevada torna as suas terras propícias não apenas aos vários tipos de cultura a que estão habituados os brasileiros do interior, como também ao cultivo de plantas [...], sobretudo o marmeleiro. [...]. Os principais artigos que os habitantes exportam são peles de animais selvagens, couros e, sobretudo, marmelos cristalizados, de excelente qualidade, que são enviados ao Rio de Janeiro. É a criação de gado que constitui atualmente a fonte de renda mais segura dos fazendeiros de Santa Luzia...” (1975: 26).
Dona de um imenso território com quase 400 Km de extensão, Santa Luzia foi gradativamente perdendo áreas, primeiro com a emancipação política de Formosa em 1843, depois com a de Mestre d’Armas, em 1892 (JACINTHO, 1979: 21). Neste ano, recepcionou a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil que veio ao centro de Goiás fazer estudos de viabilidade geoeconômica para a transferência da Capital Federal cujo relatório é publicado em 1894 conforme previsto no artigo 3º incluído na Constituição republicana de 1891 pelo deputado catarinense Lauro Müller (MENDES, 1995: 16-22).
Porém, somente entre 1879-1880 e por iniciativa de dois franceses residentes em Paracatu, Etiene Lepesquer e Leon Laboissiére, que de fato se inicia o Arraial de Serra Velha, associado ao processo de extração de cristal. Vários garimpeiros vindos de Bagagem (atual Estrela do Sul, no Triângulo Mineiro) e também da Alemanha como as famílias Mohn, Leyser, Edinger, etc tornaram-se pioneiras do povoamento. A riqueza atraiu diversos bandidos: Berlamino Cortês, João Matador, Juca Dente de Ouro, Zé Mangabeira, Quintino Barnabé e tantos outros espalharam o terror no vale do São Bartolomeu. A necessidade de acabar com essa violência aliada ao interesse econômico dos coronéis da região fez com que na localidade fosse criado o Distrito de São Sebastião dos Cristais em 1901. Por meio da Lei Estadual nº: 533 de 18 de julho de 1916, esse distrito tornou-se Município desmembrando-se de Santa Luzia. E em 1943 passou a ser chamado de Cristalina (MOHN, 1983: 12-15).
“O Vigário, João Teixeira Álvares, recebeu-me calorosamente. Sua casa, situada na praça, estava cheia de gente à espera de que o espetáculo começasse. Serviram-se café e bolo, e todo mundo se debruçou nas janelas. Logo chegou um grupo de senhoras, que foram levadas, para a sala. Imediatamente os homens se retiraram dali, reunindo-se na saleta de entrada. A cavalhada não tardou a começar. Havia sido traçado na praça com pó branco, um grande quadrado, à volta do qual se enfileiravam os espectadores de pé ou sentados em banco. Os cavaleiros vestiam o uniforme da milícia. Traziam na cabeça um capacete de papelão e seus cavalos estavam enfeitados de fitas. Eles se limitaram a galopar pela praça em várias direções, enquanto outros cavaleiros, mascarados e fantasiados de mil maneiras diferentes, faziam momices e trejeitos semelhantes ao dos palhaços de circo. Durante esse espetáculo mantive conversa com o vigário não tardando a verificar que, além de amável, ele era bastante instruído. [...]. Poderia ter-me posto a caminho, mas havia tanto tempo que eu não tinha oportunidade de conversar com um homem culto, que resolvi prolongar minha estada em Santa Luzia a fim de usufruir da companhia do vigário. João Teixeira Álvares sabia latim, francês, italiano e espanhol; conhecia os nossos melhores escritores do século de Luis XIV e possuía uma seleta biblioteca com várias centenas de volumes, o que no país era uma raridade. Além de ser um homem instruído, bondoso e amável...” (1975: 24).
Esse sábio luzianense é um dos antepassados de Pedro Ludovico Teixeira, que construiu Goiânia, e inaugurou uma nova era no Centro-Oeste em 1942. Além de lugar que atraiu intelectuais de destaque, a velha Santa Luzia é um autêntico santuário da mais genuína cultura goiana, herdeira dos tempos coloniais; e onde o tempo passava devagar em lombo de burro ou em carros-de-boi porque a felicidade viajava entre devaneios de tropeiros e cavaleiros circulando pelos vales bucólicos do São Bartolomeu.
Apesar da forte influência de Brasília, ainda é possível presenciar em Luziânia a identidade viva de manifestações culturais típicas como, entre outras, a Festa de Santa Luzia (Padroeira local), do Divino Espírito Santo, de Nossa Senhora da Conceição, Via-Sacra, Pentecostes, Exposição Agropecuária, Festa do Peão de Boiadeiro, de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, e o Aniversário da Cidade. Conserva ainda uma arquitetura colonial estampada em velhos casarões como o Centro Cultural José Dilermando Meirelles, e em velhas igrejas, muitas delas construídas em meados dos anos 1760-1770 (GOIÁS: 2004, 15-16). Também em Cristalina e em Cidade Ocidental encontramos atrações culturais e turísticas que muito encantam os visitantes.
5.3 – Um Olhar sobre o Alto Médio São Bartolomeu
Este grande rio do Planalto Central nasce em Planaltina – DF. É daí que vão brotando águas que, emendando umas nas outras, se juntam no ribeirão Pipiripau, o mais importante curso d’água que dá origem ao São Bartolomeu. Suas nascentes são povoadas de mistérios e lendas esplendorosas como a de que ao redor da Lagoa Bonita ou de Mestre d’Armas há ainda por ser descoberta uma gigantesca jazida até hoje não encontrada, malgrado as tentativas de diferentes garimpeiros. Essa gente é seduzida pela cobiça espalhada pelo Bandeirante Urbano do Couto Menezes que, em um roteiro secreto arquivado em Portugal em 30 de julho de 1750, citou pela primeira vez essas lavras escondidas no meio do caminho da Picada da Bahia, estrada real que ligava a Europa (por meio da Bahia) ao Goiás colonial (GDF/SEMARH: 2006, 23).
No dia 19 de agosto de 1859 por meio da Lei Provincial nº: 03 é criado em definitivo o Distrito de São Sebastião de Mestre d’Armas já incorporado ao município de Formosa – GO. Em 2/4/1880 com a Lei Prov. nº: 615 é criada a Paróquia de São Sebastião sediada na Igrejinha que continua de pé. A Lei Prov. nº: 671 de 21/7/1882 determinou a instalação da primeira Escola só para alunos do sexo masculino. Foi chamada de Grupo Escolar São Sebastião, depois Escola Paroquial, hoje Centro de Ensino Fundamental nº 2. São iniciadas as construções dos Prédios públicos que sediariam o novo Município.
Nesta mesma época o município recém-criado recebe os cientistas da Comissão Exploradora do Planalto Central – Missão Cruls – que elabora um Relatório publicado em 1894 demarcando o local para construir a futura Capital do Brasil entre Planaltina, Luziânia e Formosa conforme determinava a Constituição Federal de 1891. A área total era de 14.400 Km2 e incluía Planaltina. A Missão foi guiada na região pelo planaltinense Viriato de Castro.
Os primeiros moradores do SRL vieram da Vila Tenório, invasão de barraqueiros no Núcleo Bandeirante, cidade construída para abrigar temporariamente os candangos construtores de Brasília. O pessoal do Setor Tradicional era contra. Por isto foi previsto um cordão de isolamento que é o setor de repartições públicas onde estão hoje o Hospital, a Rodoviária, o Estádio Adonir Guimarães, etc.
5.4 – O Vale do São Bartolomeu HOJE: histórias que o Povo conta
Em 1957 era aprovada pelo Congresso Nacional a Lei Federal nº: 3.272 determinando a inauguração de Brasília como nova capital do Brasil a partir de 21 de abril de 1960. A população brasiliense era de 6.283 habitantes. No ano seguinte surgia Taguatinga como conseqüência direta do novo modelo de ocupação e uso do solo no futuro Distrito Federal. Já em 1959, o DF passou a ter 50 mil habitantes. Como previu o Presidente Getúlio Vargas em discurso durante a Inauguração de Goiânia bem antes, nos anos 1940, o Planalto aos poucos se tornava mesmo “o miradouro do Brasil” (MENDES, 1995: 19, 22).
“[...]. o rio ainda não era poluído antes de existir Brasília. A água ainda era muito limpa. [Hoje) o rio está abandonado por falta de cuidado com o meio ambiente. Nós passamos quase um ano com o rio quase seco. Tem de plantar mais árvores!”.
A mãe da Senhora Eleuza, Dona Leontina Cunha Landim, também relembra os velhos tempos quando a fauna, a flora e as belas paisagens eram o cartão-postal da região. Para ela, “a água do rio nesse tempo era limpa. Depois o povo veio com Brasília e poluiu”. A conurbação do espaço urbano em Brasília, a falta de regularização fundiária, o desrespeito às áreas ambientais de preservação permanente, a destruição dos corredores ecológicos para dar lugar ao surgimento das centenas de loteamentos que ocupam o solo urbano de forma desordenada são fatores determinantes para se repensar a importância da bacia do São Bartolomeu para o Brasil.
Juscelino Kubitschek, o construtor da nova capital, acreditava que Brasília seria “o eixo da irradiação da nova política de ocupação física do território...” (MENDES, 1995: 37).
“Meu pai levava peões no caminhão dele para trabalhar em Brasília. Eu fui a Brasília quando houve a inauguração do Congresso Nacional. Fiquei encantada porque Cristalina era uma roça. Mas aqui temos menos violência do que lá. A influência de Brasília foi grande. Só tinha Luziânia e Cristalina com uma estrutura muito ruim, defasada. Hoje nós temos ali uma capital federal com grandes faculdades, hospitais, sistema de transporte... Mudou radicalmente. Eu não acho que Brasília impactou negativamente sobre Cristalina”.
Se por um lado Brasília cumpriu sua missão de irradiar progresso e tecnologia, por outro, trouxe também um acelerado processo de metropolização dentro da bacia do São Bartolomeu que se espalhou pelo Entorno situado numa vasta região que inclui municípios mineiros e goianos. Como vimos, esse impacto negativo nem sempre é percebido pelas comunidades locais. A criminalidade, o desemprego, a chegada do agronegócio, a desorganização fundiária... impactam esses municípios e fazem deles cidades-dormitório sem infraestrutura mínima para se desenvolver de modo sustentável. Há demandas cada vez mais crescentes que necessitam de políticas públicas eficientes que melhorem o índice de desenvolvimento humano do DF e Entorno por meio, inclusive, de investimentos em serviços públicos com qualidade.
“[Meu marido] fornecia cascalho e areia. Eu tomava conta da cantina por conta nossa durante um ano e tanto. O nome da fazenda aqui era Fazenda Rocha. [...]. Aqui não tinha nada. Nós ajudamos a construir a ponte. Compramos esse pedacinho. Loteamos e está esse POVOADO bacana HOJE. [...]. Esse loteamento é de 1962”.
O depoimento acima se refere aos primeiros anos da década de 1960, época da abertura da rodovia federal BR-040 que liga Brasília ao Centro-sul do país (Belo Horizonte e Rio de Janeiro). A construção da ponte sobre o rio São Bartolomeu simboliza a tomada de posse da região pela tecnologia e pela ciência capitalistas. É a modernização impondo suas estratégias de apropriação da natureza e suas potencialidades destruindo ao mesmo tempo o saber tradicional das comunidades ribeirinhas.
“Vim da Bahia... [...]. Foi na Fome de 1932. Naquele tempo era uma crise! Meu pai morreu. Fui pra São Paulo, fui pra Goiânia-GO. Lá vi a fama de Cristalina. De lá vim pra Cristalina. Casei. Tem muitos anos. [...]. Cristalina não tinha nada. Era uma tapera, mas tinha muito garimpeiro que veio para tirar cristal. Eu fui um deles. Trabalhava no garimpo, comprava e vendia. Vinha comprador do Rio de Janeiro. Os Estados Unidos estavam comprando. Tocava garimpo, mas os estrangeiros me tomaram [por que] aqui é cheio de cristal. Ali, [no ribeirão Topázio], era garimpo meu. Surgiu a ponte, eu vim pra cá.
Eu vim para ajudar fazer a ponte. Eu tinha caminhão para carregar material, puxar areia. Nós compramos aqui de Benedito Rocha. Antes havia uma ponte de madeira, atravessava esse rio e passava por Luziânia. Aqui não tinha estrada. Depois é que surgiu. Eu ajudei [...]. Eles não sabiam onde passar a estrada no rio até Cristalina; viram outros lugares e acharam muito caro. Aí eu me apresentei e disse: ‘eu sei de um lugar que vocês podem passar essa estrada’. Eu que fui lá com o engenheiro e localizei lá fazendo uma economia de muitos milhões. A empresa construtora era do Rio de Janeiro, Ipiranga. A estrada morreu aí [até] fazer a ponte. Eu estava na inauguração. O Juscelino não pôde vir. Não veio o Bernardo Sayão porque já tinha morrido.
Bernardo Sayão... conheci ele demais. Muito conhecido nosso. Ele vinha aqui em Cristalina. Juscelino [Kubitschek] conheci ele em Brasília. Ele passava nessa estrada aqui.
Fui eu que fiz esse loteamento. Cristalina não queria que eu fizesse. Disseram que eu não dava conta. E eu fiz. Fui em Goiânia e registrei pelo decreto 58, publiquei no Diário Oficial e hoje eu sou o Representante daqui. Eu que fiz o lugar. Trouxe minha família. Comprei a fazenda. Eu era muito amigo do povo e sou até hoje. A firma que fez a ponte foi embora. Nós fiquemos. Aí me veio a idéia de lotear aqui. Seu Astor fez a planta toda, o serviço de localização das ruas; e um engenheiro do DNER assinou. Registramos. Cristalina não se interessou. Fiz ruas com enxada e machado. Depois que eles viram que tudo estava feito, aí Cristalina tomou conta e me deu uma ajudazinha. O nome daqui é SÃO BARTOLOMEU DE BRASÍLIA”.
Agora vamos conhecer a história da Comunidade VALE DO AMANHECER, situada na beira da rodovia DF-130 numa vereda da margem esquerda do ribeirão Pipiripau, formador das nascentes da Bacia do São Bartolomeu. Em sua entrevista, assim manifestou o Sr. ITAMIR DAMIÃO, 66 anos, ex-evangélico, militar e recepcionista, sobre sua comunidade:
“Eu vim pro Vale do Amanhecer no dia 15 de junho de 1973. [...]. Planaltina era uma típica cidade do interior, com bois e cavalos na rua, mas muito boa para se viver. Não tinha a contaminação da cidade grande. Chegar ao Vale do Amanhecer era um problema. Não tinha estrada e a ponte de madeira sempre caía. Não tinha luz. Tudo isso aqui era um lamaçal. Era uma chácara com plantação de eucalipto e mangueira. Havia alguns barracos construídos pelo pessoal que veio com a Tia Neiva em 1969. Havia um templo de madeira, também rústico. Não tinha estrutura nenhuma, mas já tínhamos uns 150 médiuns. E a fluência de pacientes era muito grande.
Isso aqui era uma gleba de terra.
Tia Neiva comprou os direitos. Aí foi melhorando, mudando. Somos mais de 630 templos, inclusive alguns no Exterior [como] em Portugal, Alemanha, Estados Unidos e Bolívia. Nós temos hoje um universo de aproximadamente 400 mil médiuns. Nós somos uma comunidade aqui com uns 27 mil habitantes.
Tia Neiva nasceu em Propriá-SE no dia 30/10 de 1925, filha de família católica tradicional. De lá mudou para Jaraguá, perto de Ceres na década de 1940. Ali ela cresceu. O Governo estava investindo muito naquela região de Goiás. E ela conheceu um rapaz por nome Alonso. Teve com ele quatro filhos e ficou viúva. Vendeu tudo que tinha e virou fotógrafa. Era de onde tirava o sustento da família dela, mas a profissão prejudicou sua saúde. Então, ela trocou [o estúdio] por uma chácara, [que] vendeu e voltou à casa dos pais. Trocou-a por um caminhão em 1949. Carteira de motorista caminhoneira naquela época era um absurdo. Botou os filhos na boleia e foi pra Anápolis-GO onde fazia fretes.
Foi pra Uberlândia, [...], Barretos [...], Terra Rica... [...]. [Foi] pro Nordeste. No caminho, roubaram o caminhão dela. Aí mudou pra Itumbiara-GO. Lá ela teve desdobramentos espirituais. Teve desmaio de uns dez dias, acharam que ela estava morta, depois ela ressuscitou. Aí mudou pra Morrinhos-GO. Comprou outro caminhão. Veio pra Goiânia onde se tornou motorista de ônibus. Alugou o caminhão à Prefeitura.
Em 1957 Tia Neiva conheceu Bernardo Sayão e ele disse-lhe: ‘você tem dois caminhões, por que não vai pra Brasília?’ Aí ela veio e locou os caminhões na Novacap, e foi morar na Cidade Livre [Núcleo Bandeirante]. Era mulher respeitada num ambiente machista. Nessa época começou a sentir manifestações mediúnicas e não sabia o que era. Começou a ver e ouvir espíritos. Achava que era loucura. Consultou um psiquiatra [...]. Pediu ajuda ao Padre Roque e ele correu com ela da igreja. Aí foi para uma casa de repouso. Lá ela se rendeu ao espírito que dizia que ela era UMA GRANDE MISSIONÁRIA e tinha uma missão a cumprir aqui no PLANALTO CENTRAL.
Ela então começou seu trabalho no Núcleo Bandeirante. Houve rejeição da sociedade, mas ela estabeleceu um pequeno templo. Como não cabia todo mundo, instalou-se em Alexânia-GO com a UESB – União Espiritualista Seta Branca. É uma entidade que está nesse Planeta há algum tempo e tem uma missão de estar nas difíceis transições com o Povo para acudir a humanidade. Ficou lá até 1964. Veio para Taguatinga-DF. Ficou até 1969. Procurou outro local. A comunidade veio pra cá e cresceu em torno do templo que a gente chamava de Recanto do Missionário. Nosso nome jurídico é Obras Sociais da Ordem Espiritualista Cristã – Vale do Amanhecer, que é o renascer, reviver.
O Vale do Amanhecer reúne vestígio romano, egípcio, inca, afro e tudo o mais. E alguma coisa do Kardecismo. É uma fusão de crenças onde nós manipulamos a nossa energia. Como acreditamos na reencarnação, nós trazemos as nossas heranças e elas estão todas entrelaçadas aqui no Vale do Amanhecer. Manipulamos energias para atender as necessidades de todo esse planeta. É a missão que nosso pai, Seta Branco, assumiu com a humanidade, principalmente em momentos de transição.
Alguns historiadores dizem que o Juscelino Kubitschek é uma reencarnação do Tutankamon. O Vale do Amanhecer é um projetor de energias para Brasília. Algumas entidades [espirituais já] chegaram a dizer que O VALE DO AMANHECER É A ALMA DE BRASÍLIA. Quando surgiu a idéia de FAZER O LAGO AQUI NO SÃO BARTOLOMEU, essa Entidade disse que se acabar o Vale, Brasília ficará uma cidade sem alma.
Nossa intenção também é a de canalizarmos as energias para o comando do nosso país que está no Plano Piloto. Brasília aglutinou os Estados do Brasil. Ela é um fator preponderante para o desenvolvimento mais acelerado do Brasil, inclusive do Centro-Oeste”.
Referências
· ÁLVARES, Joseph de Mello. História de Santa Luzia (Luziânia), 2ª Ed., Brasília: Independência, 1979.
· BARBOSA, Waldemar de A. Dicionário Histórico e Geográfico de Minas Gerais, Belo Horizonte: Saterb, 1971.
· BERTRAN, Paulo. História da Terra e do Homem no Planalto Central, Brasília: Solo, 1994.
· CASTRO, Mário. Realidade Pioneira (História de Planaltina-DF), Brasília: Thesaurus, 1986.
· CCLRC (Casa de Cultura de Luziânia Rui Carneiro). Livro de Datas Destacadas de Luziânia – Antiga Santa Luzia), Luziânia: S/d.
· CUNHA MATOS, Raimundo José. Corografia Histórica da Província de Goiás, Goiânia: Governo de Goiás, 1979.
· ENTREVISTAS realizadas em 27/01/2009 com o casal ALFREDO PAES LANDIM e dona LEONTINA DA CUNHA LANDIM, e com as filhas ANGELITA e ELEUZA, Povoado São Bartolomeu de Brasília, município de Cristalina-GO.
· ENTREVISTA realizada em 30/01/2009 com o Sr. ITAMIR DAMIÃO – recepcionista do Vale do Amanhecer.
· GDF/SEMARH. APA de Cafuringa: A última fronteira natural do DF, Brasília: 2006.
· GDF/SEC. Patrimônio nas Ruas, Bsb: 2002.
· GOIÁS (Governo Estadual). Projeto Se Liga no Futuro (Luziânia), Goiânia: abril de 2004.
· JACINTHO, Olympio. Esboço Histórico de Formosa, Brasília: Independência, 1979.
· MEIRELLES, J. Dilermando. PIMENTEL, Antônio (Orgs.). História do Planalto, Luziânia: Academia de Letras e Artes do Planalto, 1996.
· MELLO, Oliveira. As Minas Reveladas: Paracatu no tempo, 2ª Ed., Paracatu: Prefeitura Municipal, 2002.
· MENDES, Xiko. Idéias para um novo projeto de cidade em Formoso de Minas, Brasília: Unifam, 2007.
– O Mito da Interiorização através de Brasília, Bsb: Asefe, 1995.
· MOHN, Otto. História e Estórias de Cristalina, Cristalina: edição do autor, 1983.
· POLONIAL, Juscelino. Terra do Anhangüera: História de Goiás, 3ª Ed., Goiânia: Kelps, 2006.
· SAINT-HILAIRE, Auguste. Viagem à Província de Goiás, BH: Itatiaia, 1975.
· VASCONCELOS, Adirson. As Cidades Satélites de Brasília, Bsb: Cegraf/Senado Federal, 1988.– A Mudança da Capital, Brasília: Independência, 1978.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Marcos Alagoas
(Cadeira XI)
Marcos Alagoas é funcionário público do DF, além de músico com especialização em flauta transversal e violão. Sempre trabalhou com arte, e como compositor participou de vários festivais de música popular brasileira em Brasília, ganhou alguns prêmios com arranjos de suas próprias músicas e estilos variados como o Baião, Reggae, Afoxé, Bossa Nova, samba. Dentre suas composições, destaca-se “O Moleque”, interpretado por Jess Maia na 3ª faixa do CD Canto Anormalidade.
Incentivado por amigos e pelo filho que adora poesia, lançou, em fevereiro de 2009, seu primeiro livro intitulado “O Coração na Mão do Poeta“.
Dentre os grandes nomes da poesia, Marcos Alagoas exalta a expressividade de Cora Coralina, Fernando Pessoa, Augusto dos Anjos e a filosofia dos grandes pensadores Platão, Sócrates, e Aristóteles.
(Cadeira XXXIII)
Viúva de Geraldino Vieira Pereira, com quem teve três filhos (Edson, Vânia e Carlos), Geralda Vieira trabalhou como Professora em sua cidade natal e, em Brasília, foi funcionária pública da Procuradoria Geral da República. Hoje, aposentada, exerce a função de empresária no ramo da hotelaria (é proprietária do hotel “O Casarão”, em Planaltina-DF).
Poetisa, contista e romancista, Geralda Vieira começou a escrever ainda muito jovem. É autora do livro A Praça e a 3ª Idade (Brasília, 2004) e de textos publicados na antologia Orizona em Prosa e Verso (Orizona-GO, 2002), publicação coordenada por Olímpio Pereira Neto e João Pereira de Almeida.
Geralda Vieira também escreveu O Diário de Um Escoteiro, Esperança, O Universo de Dino e Dinóca e As Confissões de Pituca, livros ainda inéditos (sendo os dois últimos voltados ao público infantil).
Aurenice Vítor
(Cadeira XXXIV)
Somente aos 11 anos conheceu a escola, mas aos 13 já escrevia seus primeiros versos, os quais falavam de uma infância sofrida, porém cheia de sonhos e fantasias.
Aurenice é mãe de uma única filha, a jovem Sara Laíze, que lhe dera um neto, o pequeno José Miguel, responsável por levar a alegria à família.
Sempre ligada à literatura, Aurenice Vitor cultuou seu gosto expressando seus sentimentos por meio da poesia e dos contos. Desde então, tornou-se atuante nesse campo e durante 03 (três)anos participou do Coletivo de Poetas de Brasília, onde teve a oportunidade de apresentar seu trabalho, organizando e apresentando vários saraus pelas noites brasilienses.
O inevitável aconteceu: tornou-se escritora.
Na sua linguagem simples, mas cheia de lirismo, Aurenice fala da fé em Deus, do Social e das várias faces da vida. E foi utilizando-se dessa linguagem simples e lírica que, em 1999, ela lançou seu primeiro trabalho poético, o livro Navegantes da Solidão, pela editora Thesaurus.
Seis anos mais tarde, em 2005, com o apoio do FAC (Fundo de Apoio à Cultura), lançaria seu segundo trabalho intitulado O Homem Mais Rico do Mundo. E dando continuidade à trajetória de escritora, em breve Aurenice nos brindará com mais uma obra literária: o livro Tão Perto... Tão Longe.