sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

CONSELHO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE PLANALTINA-DF

ATO DE DESAGRAVO ACADÊMICO AO EDUCADOR E HISTORIADOR MÁRIO CASTRO, APROVADO POR UNANIMIDADE NA ASSEMBLEIA GERAL ACADÊMICA DE 18/2/17, PARA SER LIDO NA PRÓXIMA REUNIÃO DO CONSELHO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE PLANALTINA-DF**

À ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE PLANALTINA;
Ao Ilmº. Sr. Prof. Nilvan Vasconcelos,
D.D. Presidente do Conselho do Patrimônio Cultural de Planaltina-DF;
Brasília – DF.

A ACADEMIA PLANALTINENSE DE LETRAS – APL, Entidade Cultural sem fins lucrativos, criada e funcionando nesta cidade desde 1998, atualmente com 24 escritores associados, CONSIDERANDO AS INFORMAÇÕES ABAIXO:
      I.          Que o escritor Mário César de Sousa Castro, (...), é Diretor Cultural e de Comunicação Institucional de nossa Entidade, e que desempenha seu cargo administrativo com lisura e respeito, e goza entre nós de total confiança e admiração pelo excelente trabalho que já fez e faz em defesa da preservação do Patrimônio Cultural de Planaltina, sendo ele reconhecido regionalmente dentro e fora do DF por diversos pesquisadores renomados como Paulo Bertran e outros, como um dos mais sérios cientistas sociais focados nos estudos do Planalto Central do Brasil;
   II.          Que diante de seu respeitado currículo acima citado que atesta, sem nenhuma dúvida, sua capacidade intelectual como Comissário Técnico de Patrimônio Imaterial neste CONSELHO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE PLANALTINA, e suas virtudes de natureza moral, e que tudo isso junto o credencia a exigir respeito à sua biografia e à sua trajetória como Educador e Historiador de Planaltina, independente de alguém concordar ou não com o enfoque de suas pesquisas;
III.           Que esta Entidade tomou conhecimento informal de GRAVÍSSIMAS OFENSAS MORAIS À HONRA E A DIGNIDADE DO HISTORIADOR MÁRIO CASTRO, que é nosso dirigente, e que ele SENTIU-SE DESTRATADO DE FORMA DEPRIMENTE na última reunião, em 2016, do CONSELHO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE PLANALTINA, e que isto provocou indignação coletiva entre os nossos associados;
IV.          Que o CONSELHO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE PLANALTINA, que tem sido conduzido pelo seu Presidente, Prof. NILVAN VASCONCELOS, com total lisura, retidão, firmeza ético-política nos pronunciamentos públicos e deliberativos em defesa dos Bens Patrimoniais de nossa cidade, que esta entidade entende que assim deve ser o comportamento de todos os conselheiros desta instância.

Diante do exposto, solicitamos da Presidência do referido CONSELHO:
A.   Que este ATO DE DESAGRAVO ACADÊMICO AO EDUCADOR E HISTORIADOR MÁRIO CASTRO SEJA LIDO NA PRÓXIMA REUNIÃO DO CONSELHO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE PLANALTINA-DF, e que tal manifestação desta entidade conste em ata;
B.   Que se registre também na mesma ata que esta entidade reconhece este CONSELHO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DE PLANALTINA como instância deliberativa valiosa e indispensável, e que, por isso mesmo, faz aqui UM APELO PÚBLICO-INSTITUCIONAL por sua continuidade em parceria com as Entidades da Sociedade Civil Locais, e apela para que o Professor MÁRIO CASTRO permaneça sendo titular dando sua contribuição relevante à cultura de nossa cidade.

Planaltina-DF, Sessão Acadêmica de Sábado, 18 de fevereiro de 2017.

XIKO MENDES, Presidente da APL.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Jornal PLANALTINA EM LETRAS (texto para edição trimestral de março de 2017).

DF COMEMORA 60 ANOS EM 2017

Historiador Xiko Mendes
(Da Academia Planaltinense de Letras, ALANEG, ALNM, ANE e ALAP).

Como todos sabem, a mudança da capital federal era sonho antigo. Projeto concebido e repensado várias vezes desde o Tratado de Madri em 1750 quando o cartógrafo Francisco Tossi Colombina fez o primeiro mapa do Planalto Central para fixar as fronteiras entre Portugal e Espanha na América do Sul. Em 1823 José Bonifácio de Andrada sugeriu que Paracatu (que seria renomeada como Brasília) seria a sede da Nova Capital do Brasil. Em 1849 o historiador e diplomata Francisco Adolpho de Varnhagem (Visconde de Porto Seguro) editou sua primeira versão do “Memorial Orgânico” propondo construir Imperatória (este era o nome sugerido para a capital). Ele foi o primeiro que propôs de forma clara a localização da Capital aqui no Planalto Central. Em 1877 o dito Visconde passou todo o primeiro semestre daquele ano em Formosa-GO visitando as ditas terras planaltinas. No mesmo ano publicou em Viena na Áustria (onde era embaixador de nosso país), o livro “A Questão da Capital: Marítima ou no Interior?”. Neste livro defende com ardor que a Capital fosse edificada na atual região das Águas Emendadas (no meio das três bacias: Platina, Sanfranciscana e Amazônica), isto é, no meio entre a Lagoa Feia (Formosa), a Lagoa Formosa (em Planaltina-GO) e Lagoa Mestre d’Armas (em Planaltina-DF, hoje dentro da Estação Ecológica Águas Emendadas).
Quinze anos depois, em 5 de maio de 1892 chegava a Planaltina-DF, Pirenópolis, Formosa e Luziânia, os cientistas da Missão Cruls, para estudar e identificar o território do futuro DF conforme determinava o artigo 3º da Constituição Federal de 1891 (projeto de autoria do deputado catarinense Lauro Müller e subscrito por 90 constituintes). Em 17 de maio de 1894 era finalmente concluído o Relatório da Missão Cruls. Outros tantos relatórios foram feitos. Em 7 de setembro de 1922 – Centenário da Independência do Brasil – foi inaugurada em Planaltina (hoje DF), a construção do obelisco “Pedra Fundamental da Futura Capital dos Estados Unidos do Brasil” (projeto de autoria dos deputados Americano do Brasil e Rodrigues Machado).
Em 18 de fevereiro de 1957 – há exatos 60 anos – a Comissão chefiada por Dr. Ernesto Silva (depois Dirigente da NOVACAP – Companhia Urbanizadora da Nova Capital), encerrou o trabalho de medição das terras goianas no espaço demarcado para ser o Distrito Federal. A escrituração pública das terras deu-se neste dia histórico quando Goiás transferiu para a União (governo federal) a área onde hoje está Brasília-DF. Foram medidos 30.933,759 alqueires geométricos para constituir o território de 5.814 KM2, formando assim o nosso Distrito Federal.
Finalmente, com a Lei Federal nº: 3.273, de 1º de outubro de 1957, ERA INSTITUCIONALIZADO O DISTRITO FEDERAL como Sede da União e tendo como único município: Brasília-DF.