sábado, 25 de fevereiro de 2012

APL TEM NOVO INTEGRANTE
Professor Wilson Osmar de Jesus

Em solenidade realizada na noite do dia 23/02 (quinta-feira), que contou com a participação de vários convidados, a Academia Planaltinense de Letras empossou seu mais novo Acadêmico. É o professor e escritor Wilson Osmar de Jesus, que ocupará a Cadeira nº 37 cujo patrono é o jurista brasileiro Hely Lopes Meirelles.
Wilson Osmar de Jesus foi apresentado à Confraria pelo seu amigo - e também integrante da APL - Xiko Mendes (historiador e escritor titular da Cadeira nº 6), em Assembleia Ordinária realizada em 27/10/2011, ocasião em que foi aceito pelos demais Acadêmicos sem restrições tendo em vista a sua vida inteiramente dedicada ao culto da Língua Portuguesa e à Literatura, e, principalmente, ao seu interesse em trabalhar junto à APL na difusão da Cultura de Planaltina.
Filho ilustre de Brasília, Wilson nasceu a 17 de outubro de 1969 e desde menino começou a mostrar seu interesse literário e o seu talento para a poesia, o que o fez - ainda nos bancos da escola - se destacar dos demais colegas da mesma faixa etária.
Querido pelos colegas de classe e pelos professores, o filho de Dona Maria Bernardina de Jesus enveredou não só pelos caminhos da literatura, mas também pelo da Educação: formou-se em Letras/Tradução pela Universidade Estadual do Goiás - UEG (antiga Faculdade de Educação, Ciências e Letras Ilmosa Saad Fayad, em Formosa-GO), onde mais tarde fez pós-graduação em Língua Portuguesa e Literaturas Brasileira e Portuguesa. Hoje, é professor da Secretaria de Estado de Educação do DF, Revisor de Textos da Revista Nova Oportunidade e acadêmico em Direito (cursa o 9º semestre de Bacharelado em Direito, no Centro Universitário UNIEURO).
Como escritor, Wilson é autor dos livros Sonhos e Contradições (2000), A Capela dos Espíritos Viventes (2002), Uma Crítica Sobre a Eutanásia e A Porteira das Sombras do Depois; além de textos publicados na antologia Fragmentos de Formosa.
No seu discurso de posse, Wilson Osmar assumiu o compromisso de ser fiel ao cumprimento das suas obrigações estatutárias junto à Academia Planaltinense de Letras e se colocou à disposição da sua Diretoria para o que dele necessitarem.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

HELY LOPES MEIRELLES
Patrono da Cadeira XXXVII

Hely Lopes Meirelles nasceu em Ribeirão Preto, no dia 05 de setembro de 1917. Faleceu em sua cidade natal no ano de 1990.
Graduado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, é largamente reconhecido como um dos principais doutrinadores do Direito Administrativo e do Direito Municipal brasileiro, sendo autor de obras consideradas seminais nessas áreas.
Em 1943, ele ingressou na magistratura, ocupando o posto de juiz em várias cidades do interior. Também exerceu diversas posições no Poder Executivo, como Secretário da Justiça e Secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo.
Foi juiz da Comarca de São Carlos e professor universitário em 1955 na Escola de Engenharia de São Carlos (USP) como professor no curso de "administração municipal" onde, baseado nas suas aulas, escreveu o livro Legislação para Engenheiros, Arquitetos e Urbanistas (Coletânea de Leis Anotada), edição do departamento de publicações da Escola de Engenharia de São Carlos em 1960 e o livro Direito de Construir editado em 1961.
Defendeu tese A Competência Estatal para o Planejamento Urbanístico em São Carlos, São Paulo em 1960, e aprovada pelo I Congresso Brasileiro de Urbanismo, realizado no Recife, em 1961.
Em 1967, já aposentado, elaborou um anteprojeto de lei orgânica do município de São Paulo. A estrutura do projeto foi adotada pelo município, e serviu de base para diversos outros municípios em todo o país.
Recebeu diversas homenagens, tanto em vida quanto póstumas. Dentro da área da Justiça, foi considerado um dos "Brasileiros do Século" em edição especial da revista Istoé.
Outra festejada obra do jurista é o livro Mandado de Segurança, com mais de 30 edições publicadas, no qual aborda outros temas de direito processual constitucional, cujas versões mais recentes têm sido atualizadas pelo professor Arnold Wald e pelo professor Gilmar Ferreira Mendes.
Assim, as sucessivas edições de todos os seus livros têm sido republicadas graças a um trabalho em conjunto de sua filha Vera Meirelles e dos atualizadores da Malheiros Editores

domingo, 12 de fevereiro de 2012

FESTIVAL MULTIMÍDIA PALACOLETIVA: O ÚLTIMO CARNAVAL DO MUNDO

Fotos: Portal Planaltina

Das 16 horas do sábado (dia 11/02) às duas da madrugada de domingo (dia 12), na Praça Cel. Salviano Monteiro Guimarães (Pracinha do Museu), em Planaltina-DF, aconteceu a 6ª edição do Festival Multimídia PalaColetiva, evento cultural organizado pelo Coletivo Palavra, que contou com o apoio do Portal Planaltina, do Intervalo Virtual e dos Amighos do Centro Histórico.
Com o tema O ÚLTIMO CARNAVAL DO MUNDO (alusivo às “profecias” do fim do mundo em 2012), os organizadores promoveram um “senhor evento” na cidade, evento este em que o público interagiu com os artistas e, juntos, deram um espetáculo de alegria e entretenimento, como se realmente fosse aquele o último carnaval das suas vidas.
Nem mesmo a forte chuva que caiu no meio da tarde e invadiu a Praça do Museu impediu o espetáculo cênico do grupo teatral Farra da Comunidade, que deu o “pontapé” inicial às apresentações. Foram mais de três horas de espetáculo. Enquanto isso, no interior do Museu Histórico de Planaltina, a dupla Francinéia Ehlers e Vinícius Borba (da Poética Trupe) contava histórias infantis à meninada que se fez presente ao evento e que – encantada - não perdeu uma palavrinha sequer dos articuladores culturais.
E como o show não podia parar, no início da noite subiu ao Palco Caos (no centro da praça) a banda Os Malucos, que levantou o público presente com o seu dançante repertório de axé. Logo a seguir, foi a vez dos meninos da banda planaltinense The Nóis, que com o seu som pesado fez a “molecada” presente extravasar a adrenalina típica da sua juventude. Por fim, foi a vez dos jovens da banda Rádio Central (de Sobradinho) subir ao palco e levar o público ao delírio com o seu rock de excelente qualidade. Nos intervalos das apresentações musicais, os poetas Luiz Felipe Vitelli e Girlene Pascoal (ambos da Tribo das Artes) revezaram-se nas declamações de poesias.
Simultaneamente ao que acontecia no centro da praça, no Palco Aurora (no quintal do Museu), os apaixonados pela MPB puderam deleitar-se com belíssima performance dos cantores Michele Lara e seu grupo Corpo Livre, Zeca Mendes e Eros Trovador, além do saxofonista e maestro Israel Colona. Lá também houve declamação de poesias, e os responsáveis pela apresentação foram a poetisa Geralda Vieira (presidente da APL) e os integrantes da Tribo das Artes, os poetas Djair Diniz, "Cumpade" Anselmo e Ruiter Lima, que levaram o público às gargalhadas com a sua poesia matuta.
Atentos a tudo que acontecia nos dois palcos, as equipes do Portal Planaltina e do Intervalo Virtual – cuja sala de imprensa fora montada na biblioteca da Academia Planaltinense de Letras - transmitiram o evento, ao vivo, por meio da internet Wi-Fi.
Esperamos que as profecias estejam erradas e que não seja esse O ÚLTIMO CARNAVAL DO MUNDO, pois a população planaltinense anseia por outros eventos culturais como esse do último dia 11 de fevereiro.
Grupo Farra da Comunidade

Contadores de histórias

Geralda Vieira (Presidente da APL)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

XIKO MENDES E SANDRA C. ARAÚJO PUBLICARAM O POEMA ABAIXO no jornal CORREIO BRAZILIENSE, edição de terça-feira, Sete de Fevereiro de 2012, Caderno Diversão e Artes, coluna TANTAS PALAVRAS.

Eles não calarão Nossa Voz!

(Xiko Mendes e Sandra C. Araújo)

Ninguém jamais calará a Nossa Voz
Porque ela é Verdade que incomoda.
É luz que segue acordando todos Nós
E é brasa viva para quem não acorda.

Ninguém jamais calará a Nossa Voz
Porque a Liberdade é o nosso projeto.
É nossa estrela que brilha e anda veloz;
E indica o caminho que achamos correto.

Ninguém jamais calará a Nossa Voz
Porque ela reivindica a Paz e o Amor.
Ela é contrária ao nosso instinto atroz,
Mas é instrumento contra o impostor.

Ninguém jamais calará a Nossa Voz
Porque o Silêncio é cúmplice do medo.
Hoje queremos que você se junte a Nós
Contra as mentiras e os falsos segredos.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

XIKO MENDES (POESIA).

Homenagem ao Menestrel de Urucuiânia

(Xiko Mendes)

Tu és uma estrela solitária
Vagando entre constelações ambulantes!
Tu és o anjo torto guardião da
Memória épica desse povo humilhado
Por essa elite míope e corrupta!
Tu és a alma vernácula
Que se levanta com teu espírito nativista
Em defesa de nossa identidade ancestral!
Tu és o arquivo vivo da história do nosso povo!
Tu és a própria história dispersa em fragmentos
Catados à dedo por arqueólogos de um tempo novo!
Tu és a consciência culpada desses cidadãos
Que se omitem por medo ou por conveniência!
Tu és a consciência crítica que se rebela
Contra aqueles que usam a tradição ou o futuro
Como instrumentos de alienação coletiva!
Tu és o exemplo ético em meio à Mediocridade
Que é a marca vergonhosa da geração em que vivemos!
Tu és o espírito de vanguarda pairando,
Em silêncio, para subverter a Ordem das Coisas!
Tu és o Porta-voz de quem não tem voz nesta cidade!
Tu és a coragem saindo a jato pelos poros
Em busca de gente pronta para a revolução!
Tu és o meu palimpsesto
Onde inscrevo nas tabuletas das Efemérides
A lista dos fatos e das pessoas veneráveis
Que um dia habitaram o solo dessa cidade!
Tu és a Minha Esfinge Alada pousando
Nas arcádias e nos parnasos do Mundo
Como mensageiro e herói-civilizador
De populações tradicionais vítimas do etnocídio!
Tu és o Mito fundador das epopéias não escritas
Pelos vencedores que se auto-glorificam em cima
De centenas de cadáveres de heróis anônimos!
Tu és o Missionário-paládio de Clio, que realiza
A conexão dialética entre o Passado que se esvai
E o futuro que se distancia dos valores fundamentais
Da existência de um povo (in)consciente de seu papel na História!
Tu és o historiador não reconhecido pelas elites dessa Cidade sitiada
Pela ignorância política e pela impotência moral de
Homens e mulheres que se silenciam
Vendo triunfar a “Versão da História”
Contada pelos vencedores!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

VIAGEM PELO BRASIL-CANÇÃO

Lançado em dezembro de 2011, o livro VIAGEM PELO BRASIL-CANÇÃO, do professor e escritor Joésio Menezes (da APL) apresenta uma nova forma de se fazer poesia.
A fim de dar uma nova roupagem aos seus textos, Joésio Menezes garimpou o que de melhor a Música Brasileira vem nos oferecendo ao longo da sua história e escreveu VIAGEM PELO BRASIL-CANÇÃO, em que todos os versos contêm pelo menos um título de composições nacionais (assinalado com aspas). Ao todo, são mais de mil títulos dos mais variados ritmos e compositores. Porém, o autor não abriu mão da necessidade de se dar coerência e coesão aos novos textos escritos.
VIAGEM PELO BRASIL-CANÇÃO é uma singela homenagem aos maiores compositores brasileiros e um pequeno presente aos que apreciam a poesia e a música - não necessariamente nessa ordem -, presente este que pode ser adquirido na Papelaria MC (Qd. 03, Conj. B, Lote 21 – Vila Buriti, Planaltina-DF) ou com o próprio autor (pelo fone 84243347 ou pelo e-mail: joesiomenezes@gmail.com).

SANDRA C. ARAUJO (POEMAS)

Um Dia Se Aprende...

(Sandra C. Araújo)

Quando você crescer
Saberá quando se pede pode ganhar.
E não ganhando, vale a pena insistir.
Você saberá que amizades são construídas
Passo a passo como o passo de uma tartaruga
Medindo espaço e distância.
E que, num instante, alguém pode destruí-la
Para sempre.
E que nem tudo em amizade é verdadeiro
Ou belo demais.
E que não devemos confiar em palavras
Proferidas por humanos porque elas são falhas,
Pois só devemos confiar, absolutamente, em Deus.
Que as coisas são assim mesmo:
Uns com muitos e outros com poucos problemas.
E gente que até se dá ao luxo de não tê-los.
Mas na vida tudo se encaixa numa harmonia cósmica.
A Paciência é uma virtude, um atributo divino.
Com o tempo, você descobrirá que pode amar
Muito, pouco ou demais o outro de forma recíproca.
Mas que a outra pessoa pode não dar nenhum valor.
Por isso, é preciso serenidade e maturidade
Para seguir trilhando o ritmo ditado pela Existência,
Mesmo muito ferido ou com coração em pedaços.
A vida é assim: muitas vezes pessoas pensam
Que somos puro aço. E na realidade
Temos mesmo que agir de modo férreo.
Assim, vamos aprender a ouvir a palavra “não”;
E aprender a carga férrea de seus significados.
Alguma coisa na vida sempre nos tentará parar.
E algumas vezes podemos até cair.
Mas caindo, que levantemos logo,
Sacudindo a poeira, olhando para o céu.
É de lá que virá o nosso socorro.
Levantemos, pois, com a medalha
Cravada no peito como campeões:
A medalha como bandeira do amor.
Nessa caminhada algumas pessoas podem nos contrariar.
Exorto-o(a) a ter espírito vigilante e forte.
Devemos esquecer e perdoar as ofensas
Porque quem guarda mágoas não vive feliz na vida.
Mágoas ou ressentimentos são emoções estéreis.
Uma pessoa de coração generoso sempre
Saberá perdoar e seguir para atingir o alvo:
Deus e o Infinito.
E essa pessoa conquistará, assim, seus sonhos
E o que deseja o seu coração.
Tendo Jesus em nossos corações,
Alcançaremos todos os nossos objetivos.
Deus é pleno, é uno, é absoluto e grandioso.
Quem nEle acredita triunfará sempre.
Por isso, vale a pena sorrir sempre!
Vale a pena amarmos uns aos outros!
Vale a pena viver!


Pessoas Indispensáveis

(Sandra C. Araújo)

pessoas que deixam
Verdadeiras marcas em nossa vida
E em nossos corações.
Algumas delas a gente
Jamais esquecerá.
Outras passarão como um vento veloz
Em uma grande tempestade.
Têm pessoas de quem não esqueceremos
Porque são belas demais, sábias demais...
Incomparáveis!
Insubstituíveis!
São pessoas prudentes
Que trazem sinceridade e alegria.
São pessoas que sabem partilhar o rir, o alegrar.
Mesmo diante das dificuldades,
Elas nos ajudarão a superar problemas com suavidade
Sem que percebamos quanto são indispensáveis.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

VANTAGEM TECNO-AMBIENTAL E O DESENVOLVIMENTO CULTURAL
(Adenir Oliveira)

A origem da técnica está no espírito humano, servida por duas condições indispensáveis: a linguagem, condição da comunicação; e o manuseio que permite a execução do invento. O engenho humano imagina conjuntos de processos para o aproveitamento da natureza guiado pela experiência que o fixa, o transforma e o transmite sob a forma de técnica. Técnica esta que mantém o homem em estado de cooperação e o entrega em moldes de pensamento e ação. É a combinação das ciências com a invenção na utilização de processos mecânicos novos ou antigos para produzir “coisas”. A habilidade do homem só pode ser apreciada em função do meio em que ela for exercida – o meio geográfico, por exemplo, condiciona o emprego de recursos que o favorece.
As ferramentas, os instrumentos e as máquinas marcam a sequência evolutiva da sociedade tecnológica, sucessiva e cumulativamente. O aperfeiçoamento das ferramentas, a adoção da caça organizada, os hábitos de coleta e o início de uma verdadeira organização familiar tornaram mais importantes na escala evolutiva da humanidade - embora seja muito difícil reconstituir, em detalhes, a crescente dependência de sistemas de símbolos significativos – a música, a arte, a literatura e o mito para a orientação, comunicação e autocontrole, criando um novo ambiente para o homem, ao qual era, então, obrigado a adaptar-se. À medida em que a Cultura vai “surgindo” e evoluindo com o homem, acumula-se e desenvolve-se uma vantagem seletiva inerente aos indivíduos capazes de explorar vantagens.
O espaço, usos e costumes começam a mudar, criando um novo ambiente, bem como um ambiente cultural novo. O modo de pensar, de sentir e de agir das pessoas vão mudando, e com eles a Cultura vai se desenvolvendo, criando laços e ultrapassando as fronteiras. O homem, desde então, vai procurando adaptar a paisagem às suas reais necessidades.
O artificialismo é tão antigo quanto o homem, e a medida que transforma a natureza adapta o meio ambiente às suas condições sociais, surgindo, dessa forma, as primeiras relações do homem com o ambiente quando ele toma “consciência” de seu estágio de evolução. Assim, está criando novos modos de vida, novos costumes, usos e padrões que vão gerar um espaço diferente e uma Cultura “enriquecida” de “novos valores”.
A Cultura não é só adaptativa, mas também cumulativa e persistente. Adaptativa porque é capaz de mudar; cumulativa porque passa de geração adulta para gerações imaturas; e persistente por não mudar sem uma causa social verdadeira.

(Planaltina em Letras, Ano II, nº 6. p.2)