Nossa História começa em Portugal, pequeno país na ponta sul da Europa e que se originou da desintegração do Império Romano, habitado inicialmente por celtas e iberos, por volta de 2000 antes desta nossa era. Somente em 1148 d.C os lusitanos vão ter o seu primeiro rei, Afonso Henriques. Nossa língua mãe é a portuguesa, nosso patrimônio, que é, segundo Alfredo Bosi, "língua nascida numa terra exígua territorialmente, mas que se alargou aos cinco continentes, graças ao seu dom expressivo e proteico que lusitanizou, brasilizou e africanizou terras e almas".
O Latim é uma língua indo-européia do grupo itálico usada pelos romanos da Antiguidade e que deu origem às línguas românicas (espanhol, catalão, português, galego, rético, francês, italiano, romeno). Originário da região do Lácio, o Latim expandiu-se a partir do 8º século antes de Cristo e assumiu formas locais (latim vulgar) que se afastaram cada vez mais do registro clássico. O Latim é uma língua altamente flexional, ainda hoje adotada como base da terminologia legal e científica, bem como em alguns textos e rituais da Igreja Católica Romana. Até o século 18, foi a língua internacional dos eruditos e diplomatas.
A primeira literatura produzida em Portugal era composta de baladas de amor, reunidas em livros chamados de cancioneiros. Derivada em parte da literatura provençal, floresceu na corte de Afonso II, a partir de 1248. No século seguinte, surge uma prosa baseada nas lendas celtas e no século 15 é que se estabelece a inportante tradição histórica das crônicas, Especialmente observada na obra de Fernão Lopes. Por outro lado, as origens da dramaturgia portuguesa são encontradas em Gil Vicente no início do século 16. Novas formas poéticas vão aparecer com Francisco Sá de Miranda, que viveu de 1485 a 1558 e estudou por seis anos na Itália. O florescimento dessa poesia atingiu seu ápice durante o Renascimento e com a obra de Camões. Outros nomes que criaram uma tradição de literatura lusitana foram Gaspar Corrêa, que escreveu sobre as conquistas portuguesas na índia; Bernadim Ribeiro, autor de um romance pastoril, e o escritor místico e padre jesuíta Thomé de Jesus. Com seus navegadores lançando-se ao mar, a língua portuguesa chega à América, e ainda atravessará dois séculos para também desdobrar-se numa língua brasileira, a ser expressada por génios como António Vieira, Gonçalves Dias, Machado de Assis, Joaquim de Souzândrade, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Carlos Drummond, Manuel Bandeira, Clarice Lispector e Hilda Hilst.
Nos séculos 17 e 18, Portugal vive sob o domínio da Espanha e a principal influência é a de Góngora. No século 19, com o romantismo, um novo impulso à literatura portuguesa surge na obra de nomes como Almeida Garret, Alexandre Herculano e Camilo Castelo Branco. No século XX, são destaques dessa literatura nomes como Fernando Pessoa, Miguel Torga, Sá-Carneiro, Agustina Bessa Luis e José Saramago, Prémio Nobel de Literatura em 1998.
1989 foi o ano da criação da Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa, que reúne os sete países de fala comum: Portugal, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola.
Hoje, são centenas de milhões de pessoas falando pelo mundo essa língua, que continua se modificando e se multiplicando e que um dia foi definida pelo poeta Olavo Bilac como "última flor do Lácio, inculta e bela..."
O Latim é uma língua indo-européia do grupo itálico usada pelos romanos da Antiguidade e que deu origem às línguas românicas (espanhol, catalão, português, galego, rético, francês, italiano, romeno). Originário da região do Lácio, o Latim expandiu-se a partir do 8º século antes de Cristo e assumiu formas locais (latim vulgar) que se afastaram cada vez mais do registro clássico. O Latim é uma língua altamente flexional, ainda hoje adotada como base da terminologia legal e científica, bem como em alguns textos e rituais da Igreja Católica Romana. Até o século 18, foi a língua internacional dos eruditos e diplomatas.
A primeira literatura produzida em Portugal era composta de baladas de amor, reunidas em livros chamados de cancioneiros. Derivada em parte da literatura provençal, floresceu na corte de Afonso II, a partir de 1248. No século seguinte, surge uma prosa baseada nas lendas celtas e no século 15 é que se estabelece a inportante tradição histórica das crônicas, Especialmente observada na obra de Fernão Lopes. Por outro lado, as origens da dramaturgia portuguesa são encontradas em Gil Vicente no início do século 16. Novas formas poéticas vão aparecer com Francisco Sá de Miranda, que viveu de 1485 a 1558 e estudou por seis anos na Itália. O florescimento dessa poesia atingiu seu ápice durante o Renascimento e com a obra de Camões. Outros nomes que criaram uma tradição de literatura lusitana foram Gaspar Corrêa, que escreveu sobre as conquistas portuguesas na índia; Bernadim Ribeiro, autor de um romance pastoril, e o escritor místico e padre jesuíta Thomé de Jesus. Com seus navegadores lançando-se ao mar, a língua portuguesa chega à América, e ainda atravessará dois séculos para também desdobrar-se numa língua brasileira, a ser expressada por génios como António Vieira, Gonçalves Dias, Machado de Assis, Joaquim de Souzândrade, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Carlos Drummond, Manuel Bandeira, Clarice Lispector e Hilda Hilst.
Nos séculos 17 e 18, Portugal vive sob o domínio da Espanha e a principal influência é a de Góngora. No século 19, com o romantismo, um novo impulso à literatura portuguesa surge na obra de nomes como Almeida Garret, Alexandre Herculano e Camilo Castelo Branco. No século XX, são destaques dessa literatura nomes como Fernando Pessoa, Miguel Torga, Sá-Carneiro, Agustina Bessa Luis e José Saramago, Prémio Nobel de Literatura em 1998.
1989 foi o ano da criação da Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa, que reúne os sete países de fala comum: Portugal, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola.
Hoje, são centenas de milhões de pessoas falando pelo mundo essa língua, que continua se modificando e se multiplicando e que um dia foi definida pelo poeta Olavo Bilac como "última flor do Lácio, inculta e bela..."
(Planaltina em Letras, ano I, nº2 , p.2, out/dez - 2010)