MAIS UMA VEZ SEM TETO
Às
vésperas de completar quatorze anos, a Academia Planaltinense de Letras volta a
fazer parte do “Movimento dos Sem-Teto”. O espaço que nos fora cedido nas
dependências do Casarão Hotel não mais será o ponto de encontro dos intelectuais
que, bimestralmente, se reúnem para debater a situação cultural da cidade e os
rumos a serem tomados no que diz respeito à literatura planaltinense.
A
proprietária do hotel pediu o espaço de volta, porém, antes de fazê-lo,
procurou a Gerência de Cultura de Planaltina e solicitou uma sala no prédio da
antiga Prefeitura (situado na esquina da Rua Eugênio Jardim com a Rua Cel. João
Quirino), para a acomodação da confraria. A solicitação foi prontamente
atendida, e a partir de janeiro de 2013 a APL terá novo endereço, o qual,
certamente, será inda mais provisório que o anterior visto que em 2014 haverá
eleições e, dependendo dos resultados, mudanças poderão acontecer, o que nos
deixa de sobreaviso.
Desde
que foi fundada (em 05/12/1998), a APL vive em busca de “um lugar ao sol” e de
um espaço onde possa instalar-se em definitivo, sem riscos de despejos. O fato
é que, pela quantidade de Acadêmicos (no total, 34 cadeiras ocupadas) e,
principalmente, pelo número de confrades abastados e influentes, a APL já deveria
ter instalações próprias, sonho alimentado por um pequeno grupo de confrades.
O Regimento
Interno da APL - no artigo 1º, parágrafo único - prevê uma contribuição mensal
de 5% sobre o salário mínimo vigente no país (hoje, algo em torno de R$ 30,00),
contribuição esta destinada à sua subsistência e às despesas de serviços e
promoção de eventos da instituição. Mas, infelizmente, para a maioria dos colegas
de confraria o título de “Acadêmico” que ostentam é o que mais importa. E
consequência disso é a situação de nômade por que passa a Academia
Planaltinense de Letras.
(Planaltina em Letras, Ano III, nº 10, p.08, out/dez-2012)
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