Pe. BALDUÍNO
RAMBO
Patrono da
Cadeira XXIX
Nascido em
1905 no município de Montenegro, Pe. Balduíno Rambo viria a ser um dos maiores
especialistas de Botânica do Brasil, sendo sua obra reconhecida no mundo
inteiro pela riqueza de detalhes e experimentos. Deu aulas de Geografia e
Ciências Naturais no Colégio Anchieta em dois períodos distintos: de 1931 a
1934, quando sai para concluir sua formação jesuítica; e depois de 1939 a 1961.
Também foi professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde
lecionou até seu falecimento, em 1961.
É
simplesmente incrível e espantosa a soma de trabalhos que Pe. Rambo realizou em
seus 56 anos de vida. Sua dedicação à botânica resultou num acervo de plantas,
que, em 1948, já chegava a 50 mil exemplares, cerca de 90% da flora nativa. As
publicações científicas passam de 1.600 páginas e por seus trabalhos era
conhecido internacionalmente.
Nos anos de
1950 foi convidado para visita às principais universidades dos Estados Unidos e
Alemanha, a fim de divulgar seus estudos. Sua primeira grande obra literária
foi escrita em 1942: A fisionomia do Rio Grande do Sul trazia um verdadeiro
retrato físico do Estado, com texto, mapas e ilustrações paisagísticas, feitas
a partir de fotos tiradas em viagens aéreas por todo o território gaúcho. Mas
sua maior obra literária e científica, segundo o próprio Pe. Rambo, é seu
diário, escrito de 1919 a 1961. São mais de 10 mil páginas escritas em alemão
gótico sobre os mais variados assuntos, inclusive suas aspirações e conflitos
pessoais.
A brevidade
da vida Pe. Rambo não foi obstáculo para sua plena realização. Era um homem
superdotado pela natureza, e pela graça, que leu com extrema agudeza os sinais
do seu tempo e exauriu todas as possibilidades que este lhe oferecia. Um
jesuíta apaixonado que andava no Jardim de Deus com todos os sentidos atentos
para ver, ouvir, cheirar, tocar, usufruir de suas belezas e assim poder
colocá-las à disposição de seus irmãos.
(MEYRE,
Marlise Regina, www.museumin.ufrgs.br)

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